Entrevista
com a escritora Lenise M. Resende sobre Distimia:
1- Como você descobriu que estava com distimia?
Resp. – Após a perda de um filho fiquei muito deprimida e
comecei a fazer tratamento psiquiátrico e psicanalítico. Mas só depois de uns
dez anos fiquei sabendo sobre a distimia.
2- Quais foram as barreiras enfrentadas ao perceber?
Resp. – O maior obstáculo sempre foi a idealização suicida, a
falta de vontade de continuar viva.
3- Após a descoberta da distimia você teve alguma mudança de hábito?
Resp. – A mais marcante foi ter deixado de comparecer as
festas da família, inclusive o Natal.
4- Como você era antes da distimia?
Resp. – Uma versão magra do que sou hoje.
5- Como está agora após descobrir que tem distimia? Por que é difícil perceber que está com distimia?
Resp. – Saber que temos uma doença crônica ajuda a persistir
no tratamento. É difícil perceber que uma pessoa está com distimia porque é uma
doença que ainda não é bem conhecida.
6- Pesquisas afirmam que um dos sintomas da distimia é o mau humor. Você se considera um pessoa mal-humorada?
Resp. – Tenho um humor deprimido, e prefiro observar mais do
que falar. Mas o fato de estar séria não significa estar mal-humorada. E, em
geral, isto fica perceptível quando relato certas situações, que vivi ou
presenciei, sob uma ótica divertida.
7- O que você pensa a respeito de "vou sorrir só para agradar uma pessoa" ?
Resp. – Em algumas situações é melhor dar um sorriso triste
do que uma resposta grosseira.
Nota - Trecho de entrevista com a escritora Lenise M. Resende, feita por Viviane A. da Silva, estudante de jornalismo, matéria para uma atividade da Universidade Metodista de São Paulo. (21/10/2014)
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